ANDARILHO DAS ESTRELAS
Sinopse - O Andarilho das Estrelas - Jack London
No começo do século XX, saíram contrabandeados da penitenciária de San Quentin, nos Estados Unidos, manuscritos de um ex-detento que permaneceu na solitária por oito anos até ser enforcado. Este seria um fato comum, não fosse o incrível conteúdo dos relatos, que foram produzidos de maneira inusitada - após o prisioneiro submeter-se à auto-hipnose e entrar em estado alterado de consciência, por meio do qual era capaz de vivenciar experiências de vidas passadas. Danell Standing, um professor de Agronomia que matou um colega de faculdade, aprendeu essa técnica dentro da prisão, em princípio para escapar das terríveis dores que lhe causavam a tortura da camisa-de-força, onde ele era obrigado a ficar até cem horas ininterruptas. Depois, para recuperar mais detalhes das longínquas existências que lhe eram proporcionadas a cada novo "desdobramento astral". Em suas memórias, ele deixou registrado um relato que nos chama atenção porque as provas dessa sua existência encontram-se expostas hoje no Museu da Filadélfia. Embora fosse um cético, Jack London, mestre norte-americano da ficção, absorveu a rica experiência de Danell Standing e se propôs a narrar um dos mais instigantes e envolventes romances de todos os tempos, "O Andarilho das Estrelas", que retoma a visão de mundo de grandes sábios e filósofos que a humanidade produziu.
Bom, tenho muito a comentar, mas vou me conter. Como disse Christopher Maccandless, Jack London é rei.
Simplesmente fascinante e maravilhoso.
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Mais uma história viciante, conta a vida e "viagens" do detento por passados de sua mente - desdobramento astral - e corredores da opressora prisão. Jack nos fascina descrevendo não só ações e cenários, mas opniões fortes do protagonista com relação a tudo que viveu e ainda vive no livro. Com uma visão muito filosófica, porém nada entediante, o Rei nos dá como presente uma história repleta de pensamentos, cenas perturbadoras, momentos sombrios e muito mistério.
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Ao ler o livro tive uma simples conclusão: o mundo é mais horrível do que pensei. Jack nos transporta, pelas narrativas do detento, a uma reflexão de como o mundo é e como nós se comportamos nele. Demorei dias lendo e relendo trechos que não me deixaram dúvida alguma.
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Camisas de forças, torturas, medo e tudo de pior que um detento pode presenciar e participar estão narrados de uma forma tão rica e poderosa, que chega a ser real. Jack envolve em cada capítulo.
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A linguagem escolhida por Jack é muito elaborada, com vários trechos distintos que prendem o leitor. Um que me chamou atenção foi:"...Repito, a administração agrícola em seus mais altos termos científicos era o meu dom... e é o meu dom. E no entanto o Estado, que inclui todos os cidadãos do Estado, acredita que pode lançar nas trevas finais toda essa minha sabedoria através de uma corda em volta do meu pescoço e do solavanco abrupto da gravidade — essa minha sabedoria que foi incubada ao longo de milênios e que já estava bem urdida antes mesmo que os campos de Tróia servissem de pastagem aos rebanhos de pastores nômades!"- página 20, centro do parágrafo.
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Uma citação do detento que não sai de minha mente até hoje: "Homens inteligentes são cruéis. Homens estúpidos são monstruosamente cruéis."
Apenas com esses poucos pontos consta-se que o livro é um grande livro. Jack London nunca decepciona. Aconselho a todas as idades, pricipalmente para pessoas cuja mente é muito controlada pelo mundo que se pensar viver. Esclarecedor e viciante, o livro me conquistou completamente.
Fonte Foto:Google