CHRISTOPHER MACCANDLESS

O que comentar. O cara é nosso ídolo, ícone de vida, livro de auto-ajuda, conselheiro de leitura e muito mais. 

Christopher foi julgado de louco, sádico e imperativo. No entanto o que ele realmente era não se define nisso. Ele era vivo. Não só carne e osso, mas em todos os sentidos. Vivo e com liberdade extrema. 
Resolvemos postar sobre ele, não só porque ele é nosso ídolo, ícone..., mas porque a maioria dos livros que citamos aqui, é devido a citação que Chris faz deles e rapidamente nos apegamos. 

Vida e Morte

 

Christopher McCandless nasceu em 12 de fevereiro de 1968 na cidade de El Segundo, no estado americano da Califórnia; condado de Los Angeles. Em 1976 mudou-se com a família para Annandale, Virgínia; onde cresceu e amadureceu. Na casa de Chris desde de criança, todos eram submetidos a violência diária, porém era como no teatro: todos se faziam de juízes e réus. Seu pai tinha sido o jovem gênio contratado pela Naza para criar projetos vitais para o sistema americano de radar por satélite; com sua mãe fundaram uma consultoria, juntando a genialidade dele com a organização dela, até ganharem o seu primeiro milhão de dólares. A carreira e a grana pareciam incentivar a “cegueira” deles. Desde a infância de Chris, seus professores notaram que o garoto era extraordinariamente enérgico e adora esportes físicos. Conforme cresceu, ele uniu isso a um intenso idealismo e resistência física. Na escola foi  capitão de cross-country, onde estimulava seus companheiros a considerarem a corrida como exercício espiritual, no qual eles estavam “ a correr contra as forças da escuridão..., todo o mal do mundo, todo ódio”. Seu desejo de correr contra o que lhe causava mal era forte. Ele era um jovem veemente demais e possuía traços de idealismo obstinado que não combinavam facilmente com a existência moderna. Cativado havia muito tempo pela leitura de Tolstoi, admirava em particular como o grande romancista tinha abandonado uma vida de riqueza e privilégios para vagar entre os miseráveis. Na faculdade, McCandless começou a imitar o ascetismo e o rigor moral de Tolstoi a tal ponto que primeiro espantou, depois alarmou, as pessoas que lhe eram próximas.

No verão de 1990, logo após formar-se, com distinção, na Universidade Emory, McCandless sumiu de vista. Havia passado quatro anos cumprindo o dever absurdo e tedioso de se formar na faculdade. Segundo ele a carreira era uma invenção do século XX. E então se libertou daquele mundo de abstrações, falsa segurança, pais e excesso material, coisas que o afastavam dos alicerces de sua verdadeira existência. Era inevitável que Chris fugisse; e quando o fez, faria com sua característica falta de moderação. Mudou de nome, doou os 24 mil dólares que tinha de poupança a uma instituição de caridade, queimou documentos e diplomas. Inventou então uma vida nova para si, instalando-se na margem maltrapilha de nossa sociedade, perambulando pela América do Norte em busca de experiências cruas, transcendente. Christopher julgou a si e a aqueles ao seu redor, por um código moral extremamente rigoroso, arriscou o que poderia ter sido uma vida inexoravelmente solitária e achou companhia nos personagens dos livros que amava. De escritores como Leon Tolstoi; Jack London; David Henry Torreau e Paul Sherpard, era capaz de citar suas frases adequadas a várias ocasiões e sempre o fazia. A sua raiva quanto a civilização em que vivia, ao materialismo e pensamento daquela época, inspirava mais o rapaz a não desistir de viver dependendo apenas da natureza e do que encontrava em seu caminho. Devido a um problema com seu velho Datsan amarelo, foi impelido de abandoná-lo junto ao lago Meade, em Detrital Wash; no entanto Chris encarou a situação como sinal do destino; queimou todo dinheiro em sua carteira, retirou a placa do carro e seguiu a oeste, adotando o estilo de vida livre.

“ Não se deve negar [ ... ] que estar solto no mundo sempre foi estimulante para nós. Está associado em nossas mentes à fuga da história, opressão, lei e obrigações maçantes, com liberdade absoluta, e a estrada sempre levou para o oeste.” WALLACE STEGNER 

Chegou em Arizona em Junho de 1990; depois de se higienizar num banheiro público, decidiu que precisava de um nome. Escreveu no espelho enferrujado, com um batom achado no lixo: 

ALEXANDER SUPERTREMP, JULY 1990.

Chegou na Trilha Alta do Pacífico, norte da Califórnia em agosto do mesmo ano. Ao pegar carona com um casal de hippie; ganhou a amizade de Jane e Raine. Revelou-se um legítimo andadarilho negando-se a passar muito tempo em companhia do casal e de suas caronas. Quando ainda em companhia deles escreveu :

“Os únicos presentes no mar são golpes vigorosos e ocasionalmente a chance de nos sentirmos fortes; é claro eu não sei muito sobre o mar, mas sei que é assim que é aqui, e como é importante na vida não necessariamente sermos fortes e sim nos sentirmos fortes, para testarmo-nos ao menos uma vez, para passarmos a mais antiga das tradições humanas, vivendo só com a ajuda das mãos e da cabeça.”

No início de setembro, a polícia notificou seus pais do aparecimento de seu carro abandonado, não havia sinal de que Chris ainda o quisesse, mas também não tinha sinal de violência; ficou óbvio para seus pais que Chris estava tentando não ser encontrado. Todo o tempo Chris passava por lugares distantes e diferentes; indo para longe do alcance da lei; sabia que seus pais o procuravam incansavelmente. Por onde passou McCandless alterou vidas e pensamentos. Sua personalidade forte, muito inteligente e simpática traçava rastros por onde passava. Raramente falava de Annandale e de casa, sendo reservado e ponderado. Por um tempo Chris seguiu a vida trabalhando em sítios, fazendas e até uma estação de colheita, em Dacota do Sul, lugar onde, Wayne, um grande homem, deu-lhe conselhos sobre caça, limpeza da carne, e disse a informação mais necessária: Chris deveria ir para o Alasca, seu objetivo, somente na primavera. Várias pessoas que o conheciam o chamavam de louco, pirado e doente; viajar para o Alasca dependendo na natureza era algo fácil e estimulante para McCandless. O jovem de 24 anos, conhecido por todos, agora, como Alex, cumpriu seu destino e partiu em direção ao Monte McKinley. No entanto, Chris percebeu que era muito fácil viajar com dinheiro no bolso, viu que seus dias eram mais animados quando não a tinha. Decidiu levar aquela vida então, sem trabalho e sem grana. 

“ A liberdade e a simples beleza são boas demais para desperdiçar”- escreveu.

Chegou ao mar Cortez em dezembro de 1990, com um caiaque e um remo. Viveu numa caverna cerca de 36 dias; carregou seu caiaque e pegou carona até o golfo, porém uma tempestade de areia levou seu caiaque, obrigando Chris a seguir pela estrada. Passado quase um ano do sumiço de Christopher, a ira de seus pais, o desespero e a culpa foram dando lugar a dor; e a dor parecia aproxima-los. Pegou carona em um trem de carga, sem permissão é claro; chegou até a cidade, onde tentou se habitar por um tempo como cidadão. Ficou em um abrigo do estado por meia hora, no entanto logo sentiu o veneno da sociedade agir sobre seu corpo e fugiu novamente, passando a viver nas estradas e nas florestas. Em 18 de dezembro de 1991, Chris passou um tempo nos acampamentos de trailers; encontrando seus grandes amigos, Jane e Raine. Conheceu a jovem Tracy, que se apaixonou por ele. No entanto o desejo de chegar a Alasca era mais forte do que o desejo sexual julgado desnecessário para Chris. Em março de 1992, conheceu Ron, um idoso que morava numa casa distanciada da cidade, perto ao deserto. Ron, por ser só, afeiçoou-se de imediato por Chris; depois de várias aprendizagens de ambos os lados, Ron pediu para que o rapaz se tornasse o filho que ele nunca teve; comovido porém centrado, Chris pediu para que tratassem desse assunto quando voltasse do Alasca. Depois de alguns meses juntando suprimento e se preparando para o Alasca, McCandless partiu. 

Através de um diário que manteve na contracapa de alguns livros, com 113 entradas, registou os 113 dias diferentes de sua viagem. Quando o rapaz se internou no mato do Alasca, não cultivava ilusões de que estivesse entrando numa terra de leite e mel; perigo, adversidade e despojamento tolstoiano era exatamente o que estava buscando. E foi o que encontrou, em abundância. Contudo, durante a maior parte das seis semanas de provação, McCandless saiu-se mais do que bem. Depois de atravessar o rio congelado que levava as montanhas do Alasca; eufórico por ter seu objetivo quase concluído, Chris encontrou um ônibus abandonado a vários anos, dente as arvores congeladas, número 142 do Fairbanks Transit Systen. Chamou aquele dia de “ o dia do ônibus mágico”. Ainda não era primavera, por isso resolveu se instalar ali por um tempo. Ao redor do ônibus mágico vivia animais selvagens “ e foi claramente sentida a presença de uma força nada dócil com o homem. Era um lugar de paganismo e superstições, para ser habituado por homens mais primitivos do que rochas, e animais mais selvagens do que os homens”.Alimentou-se de um pacote de arroz, com cinco quilos, e o que encontrava de frutas pelas matas, caçou com sucesso garantindo uma boa estadia a si. Leu vários livros trazidos consigo, rabiscando e sublinhando-os com pensamentos sobre a vida. Pegando uma madeira que trancava a janela, Chris escreveu.

“Dois anos ele caminha pela terra. Sem telefone, sem piscina, sem animal de estimação, sem cigarros. Liberdade definitiva. Um extremista. Um viajante estético cujo lar é a estrada. Fugido de Atlanta, não retomarás, porque "o Oeste é o melhor". E agora depois de dois anos errantes chega à última e maior aventura. A batalha final para matar o ser falso interior e concluir vitoriosamente a revolução espiritual. Dez dias e noites de trens de carga e pegando carona trazem-no ao grande e branco Norte. Para não mais ser envenenado pela civilização, ele foge e caminha sozinho sobre a terra para perder-se na natureza. Alexander Supertramp Maio de 1992"

Ele estava se saindo bem: com efeito, se não fosse por um ou dois erros aparentemente insignificantes, ele teria saído da floresta em agosto de 1992 de maneira tão anônima quanto nela entrara em abril. Terminou de ler "Felicidade familiar", de Tolstoi, tendo marcado vários trechos que o emocionaram e percebeu um de seus erros:

“Ele tinha razão ao dizer que a única felicidade certa na vida é viver para os outros ...”

“Passei por muita coisa na vida e agora penso que encontrei o que é necessário para a felicidade. Uma vida tranqüila e isolada no campo, com a possibilidade de ser útil à gente para quem é fácil fazer o bem e que não está acostumada a ser servida, depois trabalhar em algo que se espera tenha alguma utilidade; depois descanso, natureza, livros, música, amor pelo próximo - essa é a minha idéia de felicidade. E depois, no topo de tudo isso, você como companheira, e filhos talvez - o que mais pode o coração de um homem desejar ? "

Dias depois de se organizar, colocou a mochila nas costas e seguiu por onde tivera vindo, com o intuito de chegar a estrada e pedir carona, com o pensamento escrito em seus livros:

“ AFELICIDADE SÓ É REAL QUANDO COMPARTILHADA”.

Contudo, esqueceu de algo. Esquecera de que o rio estava congelado quando passou; agora estava cheio e violento. A primavera já tinha chegado, o sonho de chegar as montanhas foi deixado para trás pela vontade de corrigir seu erro. O rio cheio de trinca metros de largura era impossível de atravessar. Uma tentativa foi o suficiente para saber que deveria voltar. Todo encharcado, voltou para o ônibus, se aquecendo ao susto. A última alma que tivera visto em sua frente e falado foi o velho Ron. Depois de quase morrer por ingerir frutas silvestres envenenadas, acidentalmente, Chris sobreviveu debilitado, perdido, sendo o ônibus seu único lar. Ficou literalmente preso na natureza. Todos que conhecia estavam levando suas vidas normais em algum lugar. Porém seus pais não, cada vez sentiam mais a dor da perda do filho. Fraco, magro e cansado de caçar na época em que os animais pareciam ter fugido para longe, Chris escreveu num papel deixado fora do ônibus:

“S.O.S. PRECISO DE SUA AJUDA. ESTOU FERIDO, QUASE MORTO E FRACO DEMAIS PARA SAIR DAQUI. ESTOU SOZINHO, ISTO NÃO É PIADA. EM NOME DE DEUS, POR FAVOR FIQUE PARA ME SALVAR. ESTOU CATANDO FRUTAS POR PERTO E DEVO VOLTAR ESTA TARDE. OBRIGADO.

E assinou o bilhete "CHRIS MCCANDLESS, AGOSTO?".

Sabia que caçadores iriam passar por ali um dia; mas parecia que não.

De 13 a 18 de agosto, o diário não registra mais do que a contagem dos dias. A certa altura dessa semana, ele arrancou a última folha das memórias de Louis L' Amour, Educação de um homem errante e em um dos lados da folha estavam alguns versos que L' Amour citara do poema de Robinson Jeffers "Homens sábios em suas horas ruins":

“A morte é uma calhandra feroz; mas morrer tendo feito 

Alguma coisa mais à altura dos séculos

Do que músculo e ossos é principalmente não deixar passar fraqueza.

As montanhas são pedra morta, as pessoas

Admiram ou odeiam sua estatura, sua quietude insolente,

As montanhas não são amolecidas ou perturbadas

E os pensamentos de alguns homens mortos têm a mesma têmpera.”

No outro lado, que estava em branco, McCandless rabiscou um curto adeus: 

"TIVE UMA VIDA FELIZ E AGRADEÇO A DEUS. ADEUS E QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!".

Depois, arrastou-se para dentro do saco de dormir e deslizou para a inconsciência. Indagando-se o que teria acontecido se conseguisse voltar a seus pais- morreu. Morreu provavelmente a 18 de agosto de 1992, 113 dias depois de entrar no mato, dezenove dias antes de caçadores encontrarem o ônibus.

Em 19 de setembro de 1992, sua irmã, Carine McCandless voou com as cinzas do irmão até as montanhas do Alasca.

trajetória de sucesso

 

Em abril de 1992, um jovem de uma falmí1ia abastada da costa leste dos Estados Unidos foi de carona até o Alasca e adentrou sozinho a região selvagem e desabitada ao norte do monte McKinley. Quatro meses depois, seu corpo decomposto foi encontrado por um grupo de caçadores de alce. Pouco após a descoberta do cadáver, o editor da revista Outside pediu a Jon Krakauer uma reportagem sobre as circunstâncias  enigmáticas da morte do rapaz. Revelou-se que seu nome era Christopher Johnson McCandless. Depois de seu nome ter ido parar nas manchetes dos jornais sensacionalistas e para sua perplexa família, restaram os cacos de um amor ardente e doloroso. Uma quantidade surpreendente de pessoas sentiu-se afetada pela história da vida e morte de Christopher McCandless. Trabalhando com prazo curto, Jon Krakauer escreveu um artigo de 9 mil palavras, publicado no número de janeiro de 1993 da revista, mas seu fascínio por McCandless não desapareceu com a substituição daquela edição de Outside nas bancas por temas jornalísticos mais atuais. Perseguiam-no as lembrança dos detalhes da morte por inanição do rapaz e certas semelhanças vagas entre acontecimentos de minha vida de Christopher. Disposto a não se afastar de McCandless, passou mais de um ano refazendo a trilha espiralada que conduziu a sua morte na taiga do Alasca, caçando os detalhes de sua peregrinação com um interesse que beirava a obsessão. Ao tentar compreender McCandless, chegou inevitavelmente a refletir sobre outros temas mais amplos: a atração que as regiões selvagens exercem sobre a imaginação americana, o fascínio que homens jovens com um certo tipo de mentalidade sentem por atividades de alto risco, os laços altamente tensos que existem entre pais e filhos. O resultado dessa investigação cheia de meandros. A estranha história de McCandless tocou-o; intercalou a história de McCandless com fragmentos de uma narrativa baseada em sua própria juventude. Faz isso na esperança de que suas experiências iluminassem, mesmo de forma indireta, o enigma de Chris McCandless. Alguns leitores admiravam imensamente o rapaz por sua coragem e seus nobres ideais, outros fulminavam que ele era um rematado idiota, um pirado, um narcisista que morreu de arrogância e estupidez - e que não merecia a atenção que a imprensa lhe dera. O livro vendeu mais de um milhão de cópias. 

Futuramente o diretor Sean Penn; interessou-se pela história. Esperou dez anos para que o filme pudesse ser rodado; a permissão da família McCandless era essencial. Lançado em 2007, com um orçamento de 15 milhões de dólares, o filme teve como lucro o dobro. O diretor admitiu ,  de maneira não tão explícita, que o filme traz em si muito de política, Penn disse em entrevista coletiva que a cada dia existem mais filmes políticos, o que não significa dizer que todos consigam exprimir alguma mensagem. Seu filme, no entanto, consegue claramente dizer a que veio: recheado de citações literárias ásperas e de caráter contestador aborda várias possibilidades de vida fora do sistema, assim como seus motivos e problemas. Passada na década de 1990 a ação ganhou trilha sonora especial de ídolo da época. Convidado por Penn, Eddie Vedder topou sem mesmo saber sobre o que se tratava o filme. De alguma forma, a escolha parece ter sido acertada, já que Vedder é conhecido por apoiar causas políticas, principalmente se essas causas vão de encontro a algum interesse maior do status e do capital. 

Emile Hirsch parece ter ganho o papel mais de acordo com o talento que, desconfiávamos, podia sair dele. O cara tem aquele rosto de bem nascido, é bem articulado e podia mesmo ser o próprio McCandless. A sua transformação durante o tempo, a barba e o corpo, além do fato dele não ter usado dublês mesmo em cenas mais arriscadas demonstram que ele tem a vontade necessária para ir além.

Sem mais comentário acreditamos. Aí está o cara que soube como viver. Morreu jovem, mas morreu feliz. Um exemplo.
Caso desejem saber mais, e aconselho que saibam, sobre ele, exite um livro chamado NA NATUREZA SELVAGEM, de Jon Krakauer e também um filme bem feito de mesmo nome. 

 

Esperamos muito que gostem.

 

Na Galeria de fotos há um espaço de amostas do filme Na Natureza Selvagem, dá uma chegada lá.

 

Fontes:Livro Na Natureza Selvagem, Jon Krakauer. Filme Na Natureza Selvgem, direção: Sean Penn. Google. 

 

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